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Protocolo
ESG Racial

Implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil e promovendo sua adoção por empresas e investidores institucionais, contemplando ações que estimulem uma maior equidade racial – muito centrada na adoção de ações afirmativas, na melhoria da qualidade da educação pública e na formação de profissionais negros. Essa é a proposta do Pacto de Promoção da Equidade Racial.

O Pacto de Promoção da Equidade Racial visa implementar um Protocolo ESG Racial para o Brasil, trazendo a questão racial para o centro do debate econômico brasileiro e atraindo a atenção de grandes empresas nacionais e multinacionais, da sociedade civil e do Governo para o tema.

No Brasil, investimento em equidade racial é essencial para enfrentar a reprodução do racismo estrutural no país. Um dos instrumentos fundamentais para tanto é incorporar a questão racial a parâmetros sociais, ambientais e de governança. Os critérios ESG – sigla derivada de Environmental, Social and Governance - são, hoje, os parâmetros internacionais mais importantes que orientam investidores institucionais quanto a questões ambientais, sociais e de governança.

Esses critérios e suas métricas ajudam a reconhecer o nível de sustentabilidade dos investimentos em determinadas atividades da economia real.

Considerando a relação direta entre sustentabilidade e rentabilidade, há uma demanda crescente do setor privado e, em especial, do mercado financeiro, pela adoção de tais parâmetros e a fiscalização sobre seu cumprimento.

O Protocolo ESG Racial será regido através de uma regulamentação específica, concebida por diversos especialistas do Brasil. Ao promover a adoção do Protocolo por investidores institucionais, o Pacto impulsionará a adesão voluntária de Empresas interessadas em atender as demandas sociais por maior equidade racial, consciência social e transparência. 

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"Quem não luta contra o racismo nesse país, luta a favor dele. E o silêncio não vai salvar a gente."
(Benilda Brito)

Importância e Ineditismo no ESG

Nosso Protocolo ESG Racial é uma iniciativa inédita no mundo e de alto potencial de impacto no curto, médio e longo prazos. Com vistas à sua ampla adoção, o Pacto está buscando o engajamento
de grandes investidores institucionais, de modo a motivar a participação voluntária de grandes empresas brasileiras e multinacionais.

Depois de séculos de escravidão e falta de oportunidades sociais e econômicas para a população negra, a sociedade civil e as empresas brasileiras podem, e devem atacar as consequências negativas desse problema histórico no Brasil.

O momento é especialmente propício devido ao advento e a maior relevância de métricas ESG adotadas por investidores em todo o mundo, e aos recentes movimentos no mundo e no Brasil sobre a inclusão racial e episódios de violência pautados na exclusão racial.

Nesse contexto, o Protocolo ESG Racial é uma grande oportunidade para que as empresas desenvolvam um posicionamento e uma narrativa consistentes com essa nova cobrança da sociedade, bem como apoiem a busca por maior justiça social. Como resultado, estarão alavancando a sua sustentabilidade econômica e social.

Esse movimento é capaz de mudar a realidade brasileira em apenas uma geração: promovendo a inclusão produtiva da população negra por meio da implementação de ações afirmativas pelas Empresa e seus stakeholders e também através de investimentos sociais em equidade racial para a formação educacional e profissional de crianças e jovens negros. 

Ações Afirmativas

Dentro dos desafios do setor econômico no Brasil é a criação de um ambiente realmente diverso, inclusivo e equitativo que incorpore as dimensões de raça e gênero em sua gestão estratégica e cultura organizacional, possibilitando novas relações com a sociedade: cidadãos e cidadãs, clientes, consumidores/as de produtos e serviços e com o meio-ambiente, assegurando a participação de todas as pessoas nos processos de tomada de decisões que afetam o cotidiano da vida em sociedade.

A sub-representação de mulheres negras, de negros e de mulheres em geral nos cargos diretivos das grandes corporações é uma questão crucial para o processo de desenvolvimento de um país que não apenas perde talentos, mas também abre mão de perspectivas diferentes e complementares daquelas que são hegemônicas nas grandes empresas e organizações.

Uma das maneiras possíveis e concretas de mudança desse cenário de exclusão e desigualdades é o investimento maciço e coerente nas políticas de ações afirmativas que, ainda que de forma incipiente, vêm sendo implantadas há alguns anos em instituições públicas e privadas.

Pode-se definir política de promoção da equidade e valorização da diversidade como um conjunto de medidas que visa promover a inclusão e a equidade de oportunidades e tratamento aos membros de grupos discriminados em função da cor, raça, etnia, origem, gênero, deficiências, idade, crença, orientação afetivo-sexual, identidade de gênero, dentre outros marcadores identitários.

A viabilização da política de promoção da equidade e valorização da diversidade requer a adoção e/ou aprimoramento de algumas diretrizes fundamentais: 

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• Identificação e a revogação de práticas administrativas incompatíveis com a valorização da diversidade, bem como a eliminação de fontes de discriminação direta ou indireta;

• Implantação de orientações e normas escritas voltadas para a valorização da diversidade, tendo como objetivo último a inscrição de tal política como um valor central da cultura organizacional;

• Estabelecimento de objetivos e indicadores que possibilitem o monitoramento do impacto e da eficácia da política de valorização da diversidade;

• Aplicação da política nas relações com a cadeia produtiva, com a comunidade, com o terceiro setor etc.

• Criação de canais de denúncias de situações de assédio moral e de discriminação de caráter racial, de gênero, de pessoas com deficiência e de orientação afetivo-sexual.

As políticas de promoção da equidade e valorização da diversidade devem estar apoiadas em valores éticos fundados na busca da igualdade e da justiça, fortemente conectadas à responsabilidade social, ao interesse corporativo e à sustentabilidade da organização

Investimento Social Privado

A destinação de investimentos sociais em equidade racial reflete o objetivo de aprimorar a formação de mão de obra negra qualificada ao longo de uma geração, dando preferência por intervenções que apoiem a formação integral de mão de obra negra e sua inserção no mercado de trabalho.

O Protocolo ESG para questões raciais do Pacto define os ranges quanto à alocação dos investimentos sociais em equidade racial por área, cabendo à gestão das empresas definir onde e como alocá-los dentro dos intervalos de cada área, seguindo as premissas do Pacto de Promoção da Equidade Racial.

Podem ser contempladas iniciativas dentro do marco das ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável de números 4 (Educação de Qualidade),
8 (Emprego Decente e Crescimento Econômico) e 10 (Redução das Desigualdades), com foco em garantia de direitos e antirracismo.

Estes investimentos serão, por definição, realizados para fora da organização, respeitando as premissas sugeridas no Pacto, que estimulam projetos e programas de promoção da equidade racial através da educação, cidadania e empreendedorismo negro.

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Possibilidades de Investimentos

• Escolas públicas e privadas:
- Formação de gestores e líderes
- Formação de professores
- Ações de correção de fluxo escolar
- Bolsas de estudo
- Conscientização antirracista nas escolas
- Equidade racial entre os professores
- Criação de materiais e aplicação da Lei 10.639/2003
(História e Cultura Afro-brasileira)
- Programas voltados à conscientização racial e envolvimento
de pais e responsáveis e da comunidade no desenvolvimento
de crianças e jovens negros
• Mercado de Trabalho:
- Desenvolvimento de hard e soft skills (ex.: idiomas, liderança)
para jovens negros
- Iniciativas para a empregabilidade de negros
- Empreendedorismo negro
- Inclusão de profissionais negros em cadeias produtivas
estratégicas como tecnologia, medicina, cultura, indústrias
criativas e setor público.

As primeiras certificações em Equidade Racial com base no Índice ESG de Equidade Racial (IEER) foram entregues!

Arezzo&Co, Banco Fibra, Sesi São Paulo, Senai São Paulo, SuperRico - Saúde Financeira, Vale e Vivo entraram para a história como as primeiras do Brasil a receberem o certificado do IEER. Esse reconhecimento foi possível graças à atuação das certificadoras Ser Antirracista, FICAS, EDUCAFRO e Instituto Social Espaço Negro, que avaliam e garantem o compromisso com práticas concretas e mensuráveis de equidade racial no ambiente corporativo.

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